Será que tenho Alzheimer?
Será que os meus Pais têm Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é devastadora para o doente e para os familiares. Para além da perda de memória, há a perda de uma série de funções e a deterioração da personalidade dessa pessoa. Para os familiares é o constrangimento de assistirem à deterioração dos pais ou outras pessoas que são significativas. É também a sobrecarga com os cuidados a prestar a pessoas que ficam progressivamente dependentes nas tarefas mais simples.
É uma preocupação saber se os esquecimentos são resultantes de Alzheimer ou não são mais do que as falhas de memória que todos temos. Assim, apresentamos 10 sinais de alerta para a Doença de Alzheimer:
- Interferência na vida diária da perda de memória.
- Dificuldades em planear a vida diária ou resolver problemas.
- Dificuldades em levar a cabo tarefas que lhe eram familiares.
- Desorientação no espaço e no tempo.
- Dificuldade de interpretação de imagens e das relações espaciais.
- Limitações na fala e na escrita, como o uso de palavras e atribuição de sentido.
- Guardar objectos em lugares esquisitos e não conseguir encontrar objectos guardados.
- Baixa capacidade de avaliação e juízo crítico.
- Isolamento social.
- Alterações do humor e personalidade.
A doença de Alzheimer
Alzheimer descreveu pela primeira vez o caso de Auguste D numa reunião médica em 1906. Publicou o caso um ano depois.
Em 25 de Novembro de 1901, Auguste D, uma senhora de 51 anos de idade consultou o Dr. Alzheimer em Munique. Apresentava vários sintomas:
- Afasia (alterações na linguagem)
- Desorientação
- Delírio
- Alucinações auditivas
- Comportamentos alterados
Em Novembro de 1903 a doente estava:
- Acamada
- Incontinente
- Praticamente imóvel
- Muito menos orientada
- Delirante
- Com discurso completamente incoerente
- Agressiva
Em Outubro de 1905, o quadro clínico tinha-se agravado, apresentando-se:
- Em posição fetal
- Não se alimentava por ela
- Incapaz de falar
- Agressiva
Morreu a 8 de Abril de 1906.
No exame postmortem o seu cérebro apresentava placas senis e tranças neurofibrilhares, considerados achados anatomopatológicos patognomónicos da doença de Alzheimer
Decorridos 90 anos, foi descoberto, nos Arquivos da Universidade de Munique, onde o Dr. Alzheimer trabalhou, o processo da doente Auguste D.